09 março 2007

A verdadeira história de joão e o pé de feijão - continuação sem aliteração em aõ

Na quinta feira seguinte, depois de ter vendido 32 colares de conchinhas, o joão ratão foi ao jardim e o que é que viu? O joão ratão viu uma planta muito estranha com umas folhas muito estranhas e uns saquinhos muito estranhos também. Olha que planta tão estranha, disse o joão ratão, nunca vi nada assim. E abriu um dos saquinhos que havia na planta e disse olha mais pedrinhas como a que me deu o príncipe com orelhas de burro. Depois abriu outro saquinho e disse olha umas tirinhas verdes tão bonitas e tenrinhas e pôs-se a magicar que planta será esta que ninguém conhece? mas como era esperto descobriu logo a solução: já sei! vou chamar a esta planta pé de feijão, a estas pedrinhas vou chamar feijões e a estas tirinhas tão tenras vou chamar feijão verde. Foi assim que nasceu o pé de feijão, o feijão e o feijão verde, porque até aí ninguém se tinha lembrado de enterrar uma pedrinha para ver o que é que acontecia e por isso não havia feijões. Bem, a partir daqui já sabem: o joão ratão começou a vender feijões e viu que tinham muito mais saída que os colares e ficou muito rico num instante. depois tirou um curso de detectives e transformou-se num detective particular, embora não tão tecnicamente avançado como este. Mais tarde tornou a encontrar o príncipe com orelhas de burro que lhe pediu para procurar a galinha dos ovos de ouro. O joão ratão aceitou o trabalho e foi assim que veio a conhecer a carochinha e a casar com ela. Um dia saiu para seguir umas pistas da galinha e quando chegou a casa a carochinha preparou-lhe um belo jantar. Era frango com batatas fritas e feijão verde. No fim do jantar o joão ratão começou a arrotar muito e, como estava habituado a fazer bons raciocínios dedutivos percebeu logo que a carochinha o tinha tentado envenenar porque queria casar com o príncipe com orelhas de burro. Então o joão ratão fugiu de casa e transformou-se definitivamente naquilo que queria ser, donde passamos agora :

1 Comments:

At 10 março, 2007 10:09, Blogger Alberto Oliveira said...

... "Não foi feito nenhum comentário até agora-" estava escrito logo a seguir ao título da história verdadeira e então telefonei ao detective João Ratão pedindo-lhe para investigar esse estranho caso. Embora ainda convalescente da tentativa de envenenamento por parte da Corochinha (nesta altura em parte incerta e com um mandato de captura às costas que lhe deve dar cabo das cruzes)o João na altura do meu telefonema entretinha-se a plantar pés de feijão verde num canteiro vermelho rodeado de pedras azuis, mas garantiu-me que iria iniciar a investigação aassim que acabasse de ler "O Enigma do Cavalo Assanhado", policial da colecção Vampiro e de que ele era fã incondicional desde o pretérito perfeito. Pediu-me adiantados três cêntimos, para despesas de perseguições às claras, escutas telefónicas às escuras, pano de feltro para limpar a lupa e tabaco inglês para o cachimbo. Já lá mora a quantia, pois que a enviei de seguida. Espero que ele não se esqueça de mim, como aconteceu há cerca de um ano no estranho caso "do desaparecimento da mulher que escrevia histórias verdadeiras".

 

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