28 março 2007

A verdadeira história de sherlock holmes

Ainda sob a infeliz personalidade de joão ratão, o joão ratão foi ao médico para fazer uma lavagem ao estômago. o médico lavou-lhe o estômago e perguntou "caro amigo, como é que isto aconteceu?" e o joão ratão contou-lhe tudo aquilo que já sabemos. O médico ficou muitíssimo impressionado e perguntou O que é que vai fazer a partir de agora para escapar às garras da malvada carochinha? elementar meu caro watson, disse o joão ratão ao dr. watson, vou-me transformar em sherlock holmes. E assim foi: mal o joão ratão comprou um violino, um boné, uma lupa e um cachimbo, plim! transformou-se logo em sherlock holmes. Depois disso foi de novo ao consultório do dr. watson e convidou: caro amigo quer vir morar comigo para assistir e relatar os meus extraordinários casos? O dr. watson ficou muito contente e disse que sim. Já iam a sair do consultório quando o sherlock holmes reparou na pena que estava no tinteiro em cima da secretária do dr. watson. Pegou na pena, olhou com atenção, cheirou-a e disse: hum! uma pena perfumada. Pediu licença ao dr. watson, pôs a pena no bolso e foram os três para casa de sherlock holmes. Nesse dia sherlock holmes ficou de muito mau humor e adormeceu no sofá a meditar e a fumar o seu cachimbo de ópio, por isso o dr watson também foi cedo para a cama. No dia seguinte de manhã, mal sherlock holmes acordou foi logo chamar o dr. watson e disse "caro amigo temos que nos despachar e ir já já a casa da avozinha". O dr. watson ainda perguntou mas porquê? mas o sherlock holmes não lhe disse, e lá foram. Andaram, andaram, e quase ao cair da tarde chegaram a casa da avozinha. Viram logo que havia festa e ficaram muito contentes. O Sherlock holmes entrou a correr no salão de baile e dirigiu-se de imediato a uma linda senhora que estava sentada ao fundo do salão. Era uma senhora realmente muito bonita e muito elegante no seu longo vestido pied-de-coq a fazer conjunto com um belo chapéu de penas douradas. Sherlock holmes, sentando-se ao lado dela disse: Finalmente encontrei-te, galinha dos ovos de ouro!... ou devo chamar-te cinderela? Toda a gente ficou muito estupefacta, e o dr. watson não parava de perguntar: como é que a descobriu?, como é que a descobriu?, como é que a descobriu?, etc?, etc?, etc?, por isso o sherlock holmes disse: elementar meu caro watson, e passou a explicar o seu brilhante raciocínio baseado em indícios e factos:

(o verdadeiro raciocínio de sherlock holmes)

Primeiro havia a pena perfumada. Comecei por pensar: pena, galinha, galinha, galo, galo, pied-de-coq. Depois fui mais longe e pensei: pena perfumada, chapéu de penas, chapéu de penas, mulher, mulher de chapéu, rica, rica, festa, festa, casa da avozinha. Pronto, vi logo que tínhamos de vir a casa da avozinha procurar uma senhora vestida com um fato pied-de-coq e um chapéu de penas. E depois fui ainda mais longe e concluí que ela agora tinha que se chamar cinderela. Porquê? Pensem comigo: a galinha transformou-se ou não se transformou? Sim. E transformou-se de quê em quê? transformou-se de reles galinha numa elegante senhora. Pois bem, se tomarmos em conta apenas os elementos essessenciais, com o que é que ficamos? Ficamos com "Sim...de reles...". Mas "sim...de reles" seria um nome muito muito feio e nada feminino, donde a galinha procedeu a uma aglomeração, não, a uma condensação, não, a uma... bem, a uma daquelas coisas que faz evoluir uma língua, e daí resultou um nome bonito e elegante: Cinderela. E agora passo-lhe a palavra e ela que nos conte.

09 março 2007

A verdadeira história de joão e o pé de feijão - continuação sem aliteração em aõ

Na quinta feira seguinte, depois de ter vendido 32 colares de conchinhas, o joão ratão foi ao jardim e o que é que viu? O joão ratão viu uma planta muito estranha com umas folhas muito estranhas e uns saquinhos muito estranhos também. Olha que planta tão estranha, disse o joão ratão, nunca vi nada assim. E abriu um dos saquinhos que havia na planta e disse olha mais pedrinhas como a que me deu o príncipe com orelhas de burro. Depois abriu outro saquinho e disse olha umas tirinhas verdes tão bonitas e tenrinhas e pôs-se a magicar que planta será esta que ninguém conhece? mas como era esperto descobriu logo a solução: já sei! vou chamar a esta planta pé de feijão, a estas pedrinhas vou chamar feijões e a estas tirinhas tão tenras vou chamar feijão verde. Foi assim que nasceu o pé de feijão, o feijão e o feijão verde, porque até aí ninguém se tinha lembrado de enterrar uma pedrinha para ver o que é que acontecia e por isso não havia feijões. Bem, a partir daqui já sabem: o joão ratão começou a vender feijões e viu que tinham muito mais saída que os colares e ficou muito rico num instante. depois tirou um curso de detectives e transformou-se num detective particular, embora não tão tecnicamente avançado como este. Mais tarde tornou a encontrar o príncipe com orelhas de burro que lhe pediu para procurar a galinha dos ovos de ouro. O joão ratão aceitou o trabalho e foi assim que veio a conhecer a carochinha e a casar com ela. Um dia saiu para seguir umas pistas da galinha e quando chegou a casa a carochinha preparou-lhe um belo jantar. Era frango com batatas fritas e feijão verde. No fim do jantar o joão ratão começou a arrotar muito e, como estava habituado a fazer bons raciocínios dedutivos percebeu logo que a carochinha o tinha tentado envenenar porque queria casar com o príncipe com orelhas de burro. Então o joão ratão fugiu de casa e transformou-se definitivamente naquilo que queria ser, donde passamos agora :

02 março 2007

Ena pá tantas verdadeiras histórias!

A verdadeira história de joão e o pé de feijão


Era uma vez um lindo menino chamado joão ratão que vivia com seus pais num chalezinho à beira mar. Um dia, andava o menino a apanhar conchinhas quando apareceu um lindo lindo senhor que lhe disse: olá lindo menino, como é que te chamas? E o joão ratão disse chamo-me joão ratão e tu lindo lindo senhor? E o lindo lindo senhor disse eu chamo-me príncipe com orelhas de burro. Oh que nome tão engraçado disse o joão ratão. O meu pai também era príncipe mas depois a bruxa má transformou-o num pequeno dedo e agora somos muito muito pobrezinhos, e por isso tenho que apanhar estas conchinhas para fazer colares para vender na feira das quintas. O príncipe com orelhas de burro ficou muito triste com a sorte do joão ratão e por isso perguntou-lhe: e o que é que queres ser quando fores grande? o joão ratão nem pensou e disse logo quando for grande quero ser sherlock holmes. E o que é isso? perguntou o príncipe com orelhas de burro. Não sei bem disse o joão ratão mas deve ser muito bom. O príncipe com orelhas de burro também continuou sem saber, mas mesmo assim tirou uma pedrinha do bolso e disse ao joão ratão: toma lá esta pedrinha que é para te lembrares de mim e do teu sonho. Depois foi-se embora e o joão ratão voltou para o chalezinho, muito carregado com tantas conchinhas e com a pedrinha. Para se aliviar do peso, o pequeno joão ratão teve uma bela ideia e enterrou a pedrinha num cantinho do jardim. A parte a seguir é muito chata e só continua numa quinta feira que não é hoje, por isso é melhor passar contar a verdadeira história do pequeno polegar. Reparem que além de ser muito interessante responde a perguntas que alguns meninos gostam de fazer nas caixas de comentários:


A verdadeira história do Polegarzinho


Era uma vez um lindo lindo príncipe chamado pequeno polegar que vivia no seu chalezinho à beira mar com os seus imensos filhinhos e algumas luvas. As luvas eram todas muito bonitas e muito boas e por isso o pequeno polegar guardava-as sempre num saquinho azul, muito arrumadinho no fundo do armário. Um dia, andava o pequeno polegar a passear calmamente à beira mar e a pensar no sentido da vida quando viu aproximar-se uma velha muito feia e muito má que lhe disse: ou me dás já o teu saquinho azul ou digo a toda a gente que estás apaixonado pelo sentido da vida. Via-se logo que era uma bruxa, mas o pequeno polegar não ligou porque estava mesmo a pensar no sentido da vida e toda a gente sabe como é quando uma pessoa se apaixona e não consegue pensar em mais nada, por isso olhou para a bruxa e disse: és feia. Há quem chame a isto uma evidência, só que a bruxa não sabia e ficou furiosa por isso transformou logo ali o pequeno polegar num dedo mínimo em forma de indicador, próprio para encostar à têmpora enquanto se filosofa. Ora bolas, mas para que é que eu quero isto?, pensou a bruxa, já tentada a filosofar. Mas como era acima de tudo uma mulher ocupada que tinha mais histórias para tramar, atirou o dedo fora. O pequeno polegar voou pelos ares e foi aterrar directamente à:


A verdadeira história da Lebre e da tartaruga


Era uma vez uma linda linda menina chamada tartaruga qua andava a saltar à corda no jardim quando viu um dedo. Como era também muito muito esperta e muito muito inteligente, pegou no dedo e disse: olha, é um dedo! E adivinha!, por isso pôs-se a saltar sem a corda e a cantar ta-nhum-de-do-cad-vi-nha, ta-nhum-de-do-cad-vi-nha. Aquilo intrigou um menino que andava ali perto a jogar à bola com os pombos e a tirar macacos do nariz: como é que sabes que é um dedo que adivinha?, perguntou ele. Este menino era mais versado em dicção e tinha aprendido a fazer divisões silábicas e tudo, por isso chamava-se Lebre, mas a menina, que ainda não tinha atingido aquele estádio do pensamento abstracto que o tio piaget inventou, ficou muito atrapalhada e foi-se embora muito corada. Quando a viu corada o menino pensou: claro! É mesmo um dedo que adivinha porque ela adivinhou que é um dedo que adivinha. Ora bolas!, e eu que a deixei fugir. E foi a correr atrás dela: menina, menina, gritava ele, espara aí que eu já sei. Mas a tartaruga escapou-se e foi o que fez de bem. Chegou a casa da avozinha e disse para a mãe: mãe, ta-nhum-de-do-cad-vi-nha!, mas a mãe não ligou nada e continuou a fazer o jantar. Falta aí sal, disse a menina, e a mãe provou a sopa e faltava mesmo, por isso pôs mais sal na panela. A menina aproveitou e com o dedo tirou um bocado da mousse, depois tirou outro e foi tirando tudo até ao fim. Quando o pai da tartaruga chegou para o jantar ficou muito triste por já não haver mousse mas, mal provou a sopa, disse logo para a mulher: isto hoje está muito bom, estás a ficar com dedo para a cozinha. A tartaruga ficou muito contente e foi dormir para despachar esta coisa. No dia seguinte, mal acordou, pegou no dedo e foi outra vez para o jardim. Já lá estava o lebre, claro, que era madrugador. Mal viu a tartaruga disse: linda linda menina, já sei porque é que tens um dedo que adivinha! Ora a tartaruga que não era parva perguntou mas como é que podes ter adivinhado se não tens o dedo? E ficaram assim a discutir até ser já muito de noite e repararem que estavam apaixonados. Casaram logo ali e tiveram muitos filhinhos. Os filhinhos não foi logo ali, foi mais tarde, mas tiveram imensos. O pequeno polegarzinho aproveitou para se escapar e:


A verdadeira história do polegarzinho – conclusão


Depois de muito andar e ter muitas aventuras com moinhos de vento e raposas e baleias, o polegarzinho lá conseguiu encontrar o sentido da vida. Ficaram os dois muito contentes e casaram logo, mas não tiveram muitos filhinos porque o sentido da vida era um bocado estéril. De qualquer modo abriram uma grande fábrica de dedos de prata e viverem ricos para sempre.