22 novembro 2005

Solsaio ou vice versa

Um dia um homem foi passear para o jardim. O jardim era muito bonito, mas o homem às tantas ficou com sono e adormeceu. Quando acordou sentiu uma nuvem na cabeça e pensou Que estranho, sinto uma nuvem na cabeça! Mas não ligou muito. Levantou-se e continuou a passear pelo jardim. Foi andando, andando, andando, até que às tantas começou a reparar que as outras pessoas que também andavam a passear no jardim olhavam para ele duma forma estranha. Olhavam de soslaio mas o homem não sabia. Ora esta pensou o homem o que é que se estará a passar? Foi então que ouviu um menino dizer mamã mamã aquele senhor tem uma nuvem na cabeça mamã mamã também quero uma nuvem na minha cabeça. A mamã do menino não achou bem e disse que vergonha meu filho não podes querer uma coisa tão feia. O senhor ficou muito envergonhado e resolveu ir comprar um chapéu para tapar a nuvem. Vou comprar um chapéu para tapar esta nuvem resolveu o homem. Foi a uma chapelaria e disse à menina que estava ao balcão quero comprar um chapéu. Percebo disse a menina a olhar para ele também de soslaio. E mostrou-lhe um chapéu muito bonito. Que chapéu tão bonito disse o homem vou levá-lo. E saiu todo contente com o chapéu em cima da nuvem em cima da cabeça mas de repente percebeu que estava com muita fome e por isso foi a um café e pediu uma pata de veado e uma bica se faz favor. O empregado olhou para ele de soslaio e ainda por cima não havia patas de veado. O homem ficou triste e resolveu ir ao médico tratar do problema da cabeça. Vou ao médico pensou o homem e foi. Quando o viu o médico disse olhe o senhor tem uma nuvem na cabeça. O homem disse eu sei senhor doutor isto tem-me dado imensos problemas. O médico olhou para ele de soslaio e disse olhe nunca vi nada assim mas vou-lhe receitar umas vitaminas e pode ser que isso passe. E receitou-lhe umas vitaminas. O homem comprou as vitaminas e foi para casa. Olha tens uma nuvem de chapéu na cabeça disse a mulher do homem. Eu sei mulher disse o homem isto tem-me dado imensos problemas mas já fui ao médico e ele receitou-me estas vitaminas. A mulher olhou de soslaio para as vitaminas e disse que bom. Depois foi fazer o jantar. O homem não gostava de fazer o jantar por isso foi ver televisão. A nuvem não gostava de ver televisão por isso foi-se embora. Com as vitaminas, que era afinal o que ela queria.

Conclusão: as vitaminas desempenham um papel fundamental no olhar de soslaio da mulher do homem com uma nuvem na cabeça e o pobre chapéu acaba por ficar sozinho.

8 Comments:

At 22 novembro, 2005 11:33, Blogger Alberto Oliveira said...

BOM DIA! Dona Lia?
As crianças estão bem? De si já a sei cheia de sono "devido ao adiantado da hora" Pois...

O teu texto de hoje, lembrou-me um episódio há uns anos atrás (FOI REAL!). Na praia, comecei na brincadeira, a contar a história da branca de neve e dos sete anões (numa versão extremamente livre e pessoal) aos filhos de amigos meus. Seriam umas quatro ou cinco crianças. Tanto se riam, que outras crianças que estavam próximas, começaram a juntar-se ao grupo e eram muitas. E nesse verão, descobri que gostava de comunicar contando histórias... que de crianças e de pessoas, isso já eu sabia que gostava.

Conto quase sempre este episódio, quando me aparece alguém, que adivinho que escreve com enorme prazer. Como tu. Por isso tens um lugar nas minhas nuvens.

Beijos. Tem um dia o melhor possível, que hoje estou elegível!

 
At 22 novembro, 2005 12:43, Blogger Alberto Oliveira said...

... o título é mesmo assim? "Solsaio"? ou Soslaio?

De cara à banda, subscrevo-me,

Legível (com "í")

 
At 22 novembro, 2005 23:39, Blogger Lia C said...

Nem sempre escrevo com enorme prazer, por acaso... este tipo de coisas escrevo sempre com gozo porque não preciso de fazer nada - é como se alguém que não eu estivesse a contar e eu apenas a teclar... eu só tenho uma "imagem" inicial (tipo aquilo que te disse da lente de contacto telefónico) que às vezes acontece que a coisa ganha vida e toma um rumo qualquer... que pode não ter nada a ver com a tal imagem inicial. Fui clara, não fui?

O título, senhor, era para ser soslaio, claro... mas como me enganei e troquei as letritas acrescentei ou vice-versa para não ter de apagar (detesto apagar)... pensei que para meio entendedor duas palavras bastavam.

Bjs

PS - eu voto em ti, mas não sei para quê!

 
At 22 novembro, 2005 23:41, Blogger Lia C said...

esqueci-me de dizer o mais importante: gosto que me dês um lugar nas tuas nuvens. obrigada.

Bjs

 
At 23 novembro, 2005 11:29, Blogger Alberto Oliveira said...

BOM DIA!

Hoje é o dia em que estou em recolhimento total até sair o post. Hoje vou para a zona de Algés (onde em tempos remotos se lavavam os pés)... e outras zonas do corpo.

A ti conto-te -porque me inspiras confiança e estás decidida a votar em mim, mesmo desconhecendo ao que me candidato, do "mistério" destas minhas andanças; simplesmente sou um humilde distribuidor de listas telefónicas. Tão só.

A sério, a sério, desejo-te um belo dia.

Beijos.

PS: Bastava uma palavra. Mas tu, nesse pormenor és como eu?! quando embalas, ninguém te pára...

 
At 23 novembro, 2005 21:12, Blogger Lia C said...

hmmm... obrigada pelo desejo, mas hoje não foi assim um dia muito belo. embora estivesse sol...

(eu só escrevo pelos cotovelos quando tenho muito sono; agora por acaso tenho muito sono mas não vou escrever pelos cotovelos porque não me apetece. vou só deixar-te beijos, queres ver?)

Beijos

 
At 23 novembro, 2005 22:31, Blogger Alberto Oliveira said...

Já reparaste que me estás sempre a contrariar?!

"Não escrevo por prazer", "não vou agora escrever pelos cotovelos porque não me apetece", "hoje não foi assim um dia muito belo"...

Beijos?! Não vi nada!!

HOJE NÃO HÁ POST?!

 
At 23 novembro, 2005 23:38, Blogger Lia C said...

eu NUNCA te contrario! pelo contrário!

BEIJOS n

 

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