A verdadeira história da pastorinha e do limpa-chaminés
Era uma vez uma linda pastorinha chamada Pastorinha que vivia numa cabana no monte com o seu rebanho. Um dia estava a pastorinha ainda a dormir quando ouviu bater à porta truz truz. Quem é? Perguntou a pastorinha “é o limpa chaminés” disse o limpa chaminés. Não sei porque é que não era o carteiro ou porque é que o limpa-chaminés tocou duas vezes, mas foi assim mesmo que aconteceu. Talvez o limpa chaminés quisesse ter sido carteiro mas já não houvesse vaga, não sei, só sei que é destes mistérios que nasce a filosofia. A pastorinha disse Oh! Mas a minha cabana não tem chaminé. Que pena! disse o limpa chaminés e foi-se embora. No dia seguinte a pastorinha tinha de à cidade para vender o leite e comprar umas meias. Levantou-se muito cedinho, pôs as bilhas de leite à cabeça e aí vai ela toda contente a pensar na vida “vendo o leite, com o dinheiro do leite compro umas meias, com as meias faço um ninho, com o ninho faço galinhas, com as galinhas faço ovos, com os ovos faço bolos; depois vendo os bolos e compro um burro e vendo o burro e compro um carro e vendo o carro e compro um tapete para a cabana e vendo a cabana com o tapete e compro um castelo”. Assim foi: a pastorinha chegou à cidade, vendeu o leite, comprou umas meias, com as meia fez um ninho, com o ninho fez galinhas, com as galinhas fez ovos, com os ovos fez uns bolos e com o dinheiro dos bolos comprou um burro; depois vendeu o burro e comprou um carro e vendeu o carro e comprou um tapete para a cabana e vendeu a cabana com o tapete e comprou um castelo e foi morar para lá. Os primeiros dias foram muito bem passados, mas depois a pastorinha começou a sentir-se muito sozinha e a ficar cada vez mais triste. Agora vamos ver a parte do limpa chaminés. O limpa chaminés disse Que pena! e foi-se embora. Andou, andou, andou, até que chegou a uma floresta. Estava tão cansado que se deitou debaixo de uma árvore para dormir um bocadinho. Mal tinha adormecido quando começou a ouvir uns gritos “Olha um lobo olha um lobo” e acordou logo. Pôs-se à espreita atrás da árvore e sim senhor, lá vinha um lobo. “quem és tu?” perguntou o lobo ao limpa chaminés. “Sou o limpa chaminés” disse o limpa chaminés. “Eu sou o Lobo mau” disse o lobo mau “e o que é que andas aqui a fazer?” perguntou o limpa chaminés “vou levar o lanche à avozinha que está doente” disse o lobo mau “queres comer um bocadinho?”. O lobo mau era simpático e o limpa chaminés estava com fome mas não gostou do aspecto do lanche e por isso disse “não, lobo mau, obrigado mas neste momento não tenho muito apetite” disse o limpa chaminés que era muito bem educado “mas já agora se me pudesses dizer quem é que gritou olha um lobo olha um lobo agradecia-te muito”. O lobo mau ficou muito triste e disse “olha, quem grita isso é um menino muito irritante que passa o tempo a gozar com a minha maldição” E o lobo começou a contar:
6 Comments:
Contontinua a contontar estes lindos contontos.
... sou todo ouvidos.
... ainda estou a pensar em como vais descalçar esta bota... desde ontem... (acho que até ando a deixar crescer um joanete...)
Lélé:
A Lia anda à procura de um lobo que cante o que não é fácil nos tempos que correm; agora só uivam devido à carestia de vida.
Ela é que ainda não se lembrou, mas se fôr á feira da Ladra em Lisboa, encontra um de certeza... em vinil.
Feira da Ladra... Sempre tive curiosidade em visitar isso! Da primeira, última e única vez que lá fui, a gaja nunca tava lá!
Bem... eu vou continuar a contar, quer queiram quer não... é que a bota já está descalça há muito tempo... o lobo roubou-a ao gato das ditas mas não a consegue calçar. Entretanto estou a pensar noutras coisas. amanhã posto.
Bjs para todos
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