09 dezembro 2005

A verdadeira história do soldadinho de chumbo

Era uma vez um soldadinho de chumbo que morava com outros soldadinhos de chumbo numa caixa de brinquedos. Era um soldadinho muito valente, porque na verdade não era feito de chumbo mas sim de porcelana, e por isso é que não tinha um braço. O braço do soldadinho de chumbo tinha-se partido na batalha da produção, e por lá ficou perdido até que um menino que andava a brincar o encontrou e disse “olha o braço dum soldadinho” e depois atirou fora o braço do soldadinho, e com esta brincadeira partiu o vidro da janela da cozinha da minha vizinha. A minha vizinha é um bocado cega e por isso disse “ de quem é este braço de ferro?” e foi assim que nasceu o jogo do braço de ferro. Sofreu algumas evoluções ao longo do tempo, claro, mas foi assim que nasceu: pegava-se num braço de porcelana e atirava-se à janela da cozinha da vizinha. Se ela dissesse “olha um braço de ferro” ganhava-se um ponto, se ela não dissesse nada não se ganhava nada. Se ela dissesse aos pais ganhava-se uma tareia. Era muito giro. Bem. Então o soldadinho de chumbo morava naquela caixinha. Mas não gostava da casa. Um dia pensou “preciso de me distrair” e saiu da caixinha e viu outra caixinha e foi lá. Logo por sorte era a caixinha de circo. Nesse circo havia uma bailarina muito bonita, e o resto é tudo igual. Agora outra.

3 Comments:

At 11 dezembro, 2005 12:17, Blogger iNuno said...

Então e não há a verdadeira história do Natal?

Já deves estar a negociar os direitos cinematográficos destes que deixaste...

humm... olha, beijos! ;)

 
At 11 dezembro, 2005 12:38, Blogger Lia C said...

As bailarinas são sempre bonitas para aparecerem bem nas histórias infantis, acho eu. Um dia vou escrever sobre uma bailarina feia...

E para ti, Jigoku: a verdadeira história de natal deve sair lá mais para o Verão, em dias de praia e sol forte. Nesta época há muitas e boas, não vale a pena escrever mais uma...

Bjs para os dois

 
At 11 dezembro, 2005 22:10, Blogger Alberto Oliveira said...

Não sei se já te disse isto. Mas imagino-te a contar estas (ou outras mais soft) histórias, no meio de uma roda de crianças. E elas de olhos abertos de surpresa pelo "fio da narrativa".

Um beijo grande de parabéns!

("a minha vizinha é um bocado cega..." ahahahahaha)

 

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